domingo, 16 de fevereiro de 2020

O texto científico, a NBR 6023/2003 e o Coronavírus

    Bom dia! Ao elaborar um texto científico, é fundamental que todas as fontes lidas e consultadas sejam mencionadas ao longo do mesmo, validando as informações nele contidas, conferindo um embasamento teórico sustentável, além de reforçar a argumentação estabelecida em toda a sua extensão.
   Esta obrigatoriedade está baseada na ABNT NBR 6023/2003 – Referências, como indicada em sua definição original:
fixa a ordem dos elementos das referências e estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação originada do documento e/ou outras fontes de informação. Esta Norma destina-se a orientar a preparação e compilação de referências de material utilizado para a produção de documentos e para inclusão em bibliografias, resumos, resenhas, recensões e outros.
   Como forma de demonstração de um texto científico, e com base no formato da ABNT, defini desenvolver um pequeno trecho neste artigo, cujo tema é um problema recorrente atualmente, e que aflige a maioria das pessoas ao redor do mundo, que é a contaminação pelo coronavírus. Vale a pena a leitura.

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    Entre os principais sintomas do coronavírus, estão a tosse seca, febre alta, dor de cabeça, febre, dores musculares, cansaço excessivo e dificuldades para (ANVISA, 2020). São sintomas que se assemelham aos de uma gripe comum, mas que podem comprometer a saúde de indivíduos que estejam com baixa imunidade, ou que detenham problemas e/ou doenças respiratórias, os quais, podem desenvolver pneumonia em diferentes graus, ou até mesmo chegar à morte (SANTOS, 2002).
      Segundo matéria publicada pela BBC News Brasil (2020), trata-se de:
um vírus desconhecido pela ciência até há pouco tempo vem causando uma doença pulmonar grave em centenas de pessoas na China, e já foi detectado em mais 12 países – Cingapura, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Canadá, Austrália, Malásia, Japão, Nepal, Tailândia, Taiwan e Vietnã. Não há registro de casos confirmados no Brasil.
    Os primeiros casos surgiram na cidade de Wuhan (China) em dezembro de 2019, sendo que o vírus foi transmitido de animais para pessoas que visitaram o mercado local, onde são vendidos animais selvagens vivos, entre eles, cobras, morcegos e castores. Apelidado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por coronavírus COVID-19, já no início de janeiro teria infectado mais de 5 mil pessoas e ocasionado a morte de outras 80, naquele país (LEMOS, 2020).
    Uma vez que existem diferentes famílias de vírus coronavírus, defende-se que o COVID-19 é um vírus semelhante ao que causou a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) em 2002 (LEMOS, 2020). 
   Com base nas informações oferecidas pela Sociedade Brasileira de Infectologia, a Central Unimed (2020) esclarece que o coronavírus existe desde meados de 1960, integrando “uma grande família de vírus que podem causar desde resfriados – que podem passar despercebidos pelo corpo – até mesmo síndromes respiratórias mais graves que precisam de um acompanhamento médico mais intenso”.
    A “Agence France-Presse” (AFP) estabeleceu uma cronologia inicial da extensão do contágio de pessoas e consequências da infecção, como segue (GAUCHAZH, 2020):
31 de dezembro de 2019: A China alertou a Organização Mundial de Saúde 9OMS) a respeito do surgimento de vários casos de uma pneumonia de origem desconhecida, na cidade de Wuhan, onde habitam 11 milhões de pessoas;09 de janeiro de 2020: Foram anunciadas pelas autoridades chinesas, as primeira análises sequenciais do vírus, informando que os casos de pneumonia eram devidos a um novo tipo de coronavírus;11 de janeiro de 2020: Autoridades chinesas de saúde anunciam a primeira morte local;13 de janeiro de 2020: Em 13 de janeiro, foi notificado pela OMS o primeiro caso de pessoa infectada fora da China, em uma mulher que voltava de Wuhan;17 de janeiro de 2020: os Estados Unidos definem pela realização de exames de detecção em três aeroportos americanos importantes, inclusive um em Nova York, que recebe voos diretos de Wuhan. Nesse sentido, Tailândia, Hong Kong, Singapura, Austrália e Rússia intensificaram os controles sobre a chegada de voos vindos de zonas de risco;20 de janeiro de 2020: o cientista chinês Zhong Nanshan admitiu à emissora estatal CCTV a comprovação da transmissão de contágio a humanos.Nessa mesma data, foi noticiado o primeiro óbito humano em Pequin;28 de janeiro de 2020: confirmados dois primeiros casos de contaminação humana fora do território chinês, sendo um na Alemanha e outro no Japão, pessoas que não teriam visitado a China recentemente.
   Segundo reportagem de Carbinatto (2020), os pesquisadores chineses defendem que o pangolin, mamífero da África e Ásia, ameaçado de extinção, e que é o animal mais traficado do mundo, foi o hospedeiro intermediário do vírus que contaminou seres humanos:
De acordo com as análises realizados pelos cientistas, da Universidade Agrícola do Sul da China, em mais de mil animais selvagens, o material genético do 2019-nCoV – o vírus que vem infectando humanos e causando sintomas respiratórios – é 99% igual ao material genético de um vírus encontrado em pangolins, o que faz desse animal o melhor candidato, até agora, a ter trazido a doença para nós.
   Tendo em vista que ainda não existem vacinas contra o coronavírus, Santos (2020) reporta as recomendações preventivas de três fontes importantes, que são: Organização Mundial de Saúde, Sociedade Brasileira de Infectologia, e as orientações obtidas em entrevista com o médico infectologista Dr Alberto Chebabo, responsável pelo Centro Sérgio Franco Medicina Diagnóstica, são elas: 1. medidas de higiene pessoal, entre elas a lavagem periódica das mãos com água e sabão, especialmente depois de espirrar, tossir, ter contato com animais, além do uso de álcool gel; 2. manter distância de pessoas com sintomas de tosse, coriza e febre; 3. evitar o contato físico com animais doentes; 4. manter sua vacinação pessoal em dia.

   
   É importante destacar que no caso deste pequeno texto científico fosse apreciado dentro da academia, possivelmente algumas das fontes aqui utilizadas não fossem aceitas pelo(a) orientador(a), especialmente as reportagens
   Entretanto, em sendo assunto estritamente recorrente, é com base na grande mídia, que por sua vez se baseia nas informações obtidas nos órgãos de saúde nacionais e internacionais que as reportagens são elaboradas e oferecidas ao grande público.
   Bons estudos.
Regina Del Buono
email: abntouvancouver@gmail.com
Skype: abntouvancouver2012
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6023/2003 – Referências.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Coronavírus: acompanhe as ações da Anvisa. Matéria publicada em Janeiro de 2020. Disponível em: [http://portal.anvisa.gov.br/coronavirus]; acesso em 03 fev 2020.

BBC NEWS BRASIL. Coronavírus na China: perguntas e respostas sobre doença pulmonar que matou 81 pessoas e chegou a 13 países. Matéria publicada em 22 jan 2020. Disponível em: [https://www.bbc.com/portuguese/geral-51060492]; acesso em 02 fev 2020.

CARBINATTO, Bruno. Este pode ter sido o animal que passou o novo coronavírus para humanos. Matéria publicada em 07 fev 2020. Disponível em: [https://super.abril.com.br/saude/este-pode-ter-sido-o-animal-que-passou-o-novo-coronavirus-para-humanos/]; acesso em 10 fev 2020.

CENTRAL UNIMED - Coronavírus: principais sintomas e cuidados. Artigo publicado em 31 jan 2020. Disponível em: [https://www.unimed.coop.br/viver-bem/saude-em-pauta/coronavirus-principais-sintomas-e-cuidados]; acesso em 03 fev 2020.

GAUCHAZH - Coronavírus: confira como a doença surgiu na China e se espalhou por outros países. Matéria publicada em 28 jan 2020. Disponível em: [https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2020/01/coronavirus-confira-como-a-doenca-surgiu-na-china-e-se-espalhou-por-outros-paises-ck5xzklrq03fn01plpktc59dj.html]; acesso em 06 fev 2020.

LEMOS, Marcela. Como surgiu o Coronavírus e outras dúvidas comuns. Matéria publicada em fev 2020. Disponível em: [https://www.tuasaude.com/misterioso-virus-da-china/]; acesso em 06 fev 2020.

SANTOS, Maria Tereza. Como se prevenir do coronavírus? Matéria publicada em 04 fev 2020. Disponível em: [https://saude.abril.com.br/medicina/como-se-prevenir-coronavirus/]; acesso em 06 fev 2020.

sábado, 15 de fevereiro de 2020

domingo, 9 de fevereiro de 2020

A importância da escrita cientifica

  Bom dia! No presente, é grande a importância da escrita científica. Em um contexto acadêmico, assim como em diferentes textos e estilos de redação, quando seguimos as regras da metodologia científica, reforçamos a argumentação necessária ao fortalecimento das ideias/informações constantes de um texto, por meio da menção das fontes consultadas para sua fundamentação.
   Dito de outra forma, se afirmamos que determinado fato aconteceu, e fornecemos detalhes sobre o mesmo, ao mencionarmos números, localidade, envolvidos, providências, etc., assim como de onde obtivemos cada um desses elementos, damos ao(s) nosso(s) leitor(es) todas as informações de que pode(m) precisar para inteirar-se do assunto, formar uma opinião pessoal e com isso, concordar ou até mesmo discordar.
  Já os estudantes universitários obrigam-se a cumprir as normas da Metodologia Científica, seja da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), American Psychological Association (APA) ou as regras da metodologia VANCOUVER, conforme o tipo de produção textual e a finalidade da mesma.
  Neste sentido, reporto aqui um trecho de meu primeiro ebook, trecho este que menciona Soares (2002), explicando que os textos acadêmicos de cunho científico foram instituídos nos cursos universitários, a partir de 2001 (DEL BUONO, 2015. 
   Destaca-se que tal exigência surgiu a partir da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), Lei n. 9.394/96, ainda vigente, que rege todos os níveis de ensino no país, inclusive o superior, como define o Artigo 53, Capítulo IV – Da Educação Superior, em seu texto original:
Art. 53º. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições: [...]Inciso III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa científica, produção artística e atividades de extensão (BRASIL, LDB nº. 9394/96, p. 16-20).
  Cabe destacar ainda que algumas regras da escrita científica são utilizadas em diferentes tipos de textos, pois, como explicado no início deste post, reforçam a argumentação desenvolvida na comunicação feita, permitindo ao(s) leitor(es) que fiquem bem informados.
   O uso das citações diretas tem sido comum há anos, especialmente nos livros didáticos do ensino fundamental e do médio, e dessa forma, além de fornecer as fontes de onde os dados foram obtidos, acostumam o olhar dos estudantes da educação básica.
   Bons estudos
Regina Del Buono
abntouvancouver@gmail.com
Skype: abntouvancouver2012
REFERÊNCIAS 


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14724/2005 – Trabalhos acadêmicos. 2005.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:[http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf]; acesso em 05 dez 2019.

DEL-BUONO, Regina C. Como elaborar o resumo da monografia? Coleção: Artigos e Monografias sem Mistérios. São Paulo. 2015, 44f. ISBN: 691.132. 

SOARES, Maria Susana Arrosa (Coord.). A Educação Superior no Brasil. Instituto Internacional para a Educação Superior na América Latina e no Caribe IESALC – Unesco – Caracas. Porto Alegre – Brasil; Novembro de 2002. 332.f. Disponível em:[http://flacso.redelivre.org.br/files/2013/03/1109.pdf[; acesso em 05 dez 2019.