sábado, 30 de setembro de 2017

A banalização do ser humano e a violência contra as mulheres

A pouco eu cheguei em casa, e vi uma latinha de cerveja vazia jogada na minha entrada.  ...
Fico pensando nessas pessoas que nem sabem o que é uma lixeira, e assim, não sabem respeitar a  minha casa. Poxa, mas existem algumas outras pessoas, que passeiam por aqui diariamente com seus dogs,  e os deixam sujar, mas vão-se embora sem limpar, e eu fico pensando: "uau", quanta gentileza! 

Eu até poderia ficar chocada com essa falta de educação, mas aí, eu me lembrei que professores(as) são agredidos de todas as formas em sala de aula, ou pelos seus alunos, ou pelos seus pais, ou pelas políticas públicas que condicionam seus vencimentos aos resultados e notas dos alunos no final do ano, mesmo que muitos desses alunos não se interessem por estudar, ou que venham de famílias desestruturadas, que estão obrigadas, pela legislação e conselhos tutelares, a manterem as suas crianças na escola.

Refletindo melhor, percebi que tudo isso até que é bastante aceitável, já que, hoje em dia, o ponto máximo do cotidiano é ejacular por cima das mulheres dentro do transporte público, e ser liberado pela justiça, que, afinal, cumpre as leis!

Leis, mas afinal, que leis são essas?! Bem, puxando pela memória, eu me lembrei que as leis que regem as nossas vidas (a de muitos, vidas bem difíceis, aliás), as leis vigentes são escritas e/ou aprovadas (muitas deturpadas, inclusive) pelos representantes máximos dos brasileiros!

Pensando nisso, ficou tudo muito claro para mim, quando compreendi, então, essa sociedade na qual vivemos hoje: as leis que governam as nossas vidas, o nosso país, aquilo que nos é permitido ou proibido, o que nos concede ou retira direitos, afinal, somos as "pessoas comuns", são leis elaboradas e aprovadas por aqueles especialistas que lotam as cadeiras das câmaras, congresso e palácios, os "parlamentares", que, imagino, não sejam "pessoas comuns".

Eu acho mesmo que eles não são comuns, porque vivem dentro da bolha que criaram para si mesmos, mudando regras e assinando leis realmente protetoras: para eles!


Enquanto isso, convivamos com esse vale-tudo sem fim.

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