domingo, 1 de outubro de 2017

As Aspas Simples e Duplas nas Citações Diretas - da série: O Uso de Sinais e Convenções no texto científico e as citações Diretas = NBR 10520/2002

   Boa tarde! Ao realizar uma citação direta em determinado texto, especialmente naqueles elaborados pelos universitários, para apresentação à academia, é comum a indicação do uso das “aspas duplas” e ‘simples’. Este artigo faz parte da série “O Uso de Sinais e Convenções no texto científico e as citações Diretas = NBR 10520/2002”, cujo link é: [http://www.abntouvancouver.com.br/2017/09/o-uso-de-sinais-e-convencoes-no-texto.html], publicado em 17 de setembro de 2017. Em geral, os gramáticos indicam seu uso simultâneo, em situações específicas, conforme os exemplos que serão inseridos neste post. ...
   As apostilas de Metodologia Científica, elaboradas pelas diferentes universidades brasileiras, costumam indicar o uso de “aspas duplas” e ‘simples’, quando são apresentadas, dentro de um texto, as famosas “citações diretas”. Inúmeros são os exemplos, entre eles, o primeiro deste artigo, obtido na apostila da Universidade Mackenzie (2006, p.46), aqui reproduzido:
Exemplo 1:
g) aspas duplas (“ ”) – usadas na transcrição de citações diretas, literais ou textuais.Exemplo (p. 46):Essa concepção nos chama atenção para o fato de que “nenhuma forma de poder parece tão sofisticada quanto aquela que regula os elementos imateriais de uma sociedade: informação, conhecimento, comunicação” (COSTA, 2004, p. 163).
   Já o site CiberDúvidas da Língua Portuguesa (sem data), refere também diferenças entre as aspas duplas, que podem ser verticais (que denominam “subidas) ou horizontais (que denominam “angulares”, conforme demonstra o Exemplo 2:
[...] As normas que costuma haver são “privadas” (do tipo: «Na nossa editora/no nosso jornal/na nossa revista/na nossa publicação, usamos estas aspas nas seguintes situações...»), são “regras da casa”, por assim dizer. [...]
A exemplo de vários gramáticos, assim como o que preconiza a metodologia da Universidade Mackenzie (2006), o CiberDúvidas (2017) menciona ainda o uso de ‘aspas simples’ (que o Ciber denomina ainda ‘plicas’, mas que, na prática, é o sinal que representa o apóstrofe (’). Vejamos o Exemplo 3, apresentado pela Mackenzie (2006, p.47):
h) aspas simples (‘ ’) – citação que já contém expressões ou palavras entre aspas duplas.Exemplo (p.47):Ler significa também eleger, escolher, ou seja, distinguir os elementos mais importantes daqueles que não são e, depois, optar pelos mais representativos e mais sugestivos.“Estas reflexões em tomo do ato de ler, que implica sempre percepção crítica, interpretação e ‘re-escrita’ do lido [...]” (FREIRE, 2005, p. 21).
   Por sua vez, Araújo (2017), em seu artigo “Aspas simples ‘por ironia’ valem?”, questiona se o uso das ‘aspas simples’ seria facultativo, ou mera comodidade do redator. Vamos ao Exemplo 4:

[...] Quando no trecho citado entre aspas existem palavras aspeadas, você deve destacá-las com aspas simples. Em resumo, usam-se aspas simples dentro de aspas duplas:
"Osvaldo Ferreira de Melo aponta para “a necessidade de os indivíduos contarem com a certeza de que seus direitos ‘garantidos’ pela ordem jurídica sejam efetivos”."
   É importante destacar que se a citação direta feita entre aspas for transcrita por inteiro, o ponto final do referido trecho deve estar contido "dentro das aspas".
   Na prática, tenho visto orientadores(as) que preferem que seja mantido o uso das “aspas duplas” em citações contidas dentro de outras citações, com as quais, eu concordo.
   Bons estudos.
Regina Del Buono
Skype: abntouvancouver2012
Referências
ARAÚJO, A.F. Aspas simples ‘por ironia’ valem? 2017. Disponível em: [http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=visualiza_dica&id_noticia=70368]; acesso em 13 abr 2017.
CIBERDÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA. “O uso das aspas "..." e «...»”. 2017. Disponível em: [https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/o-uso-das-aspas--e-/13051]; acesso em 13 abr 2017.
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE. Apresentação de trabalhos acadêmicos guia para alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 4ª. ed. São Paulo: Editora Mackenzie, 2006.

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